Dias e dias (e dias) depois eu escrevo sobre o maior festival de 2009. Não só o Planeta Terra, foi o maior do ano, mas foi também um dos mais bem organizados e divertidos que eu já fui. Não sei de quem foi a idéia de fazer um festival de música num parque de diversões, e apesar do Playcenter não ser lá das melhores localizações, a opção foi acertadíssima e o que poderia ser besta e acochambrado, mostrou-se prático, espaçoso, organizado (baseado na ifra do parque) e deu cor, luz e trouxe a dimensão lúdica, que faltava no comportamento de boa parte dos frequentadores blasès desses festivais.
É uma pena mesmo que boa parte da atenção do festival acabou se virando para a oposição do Planeta Terra ao Maquinaria Rock Festival, os dois maiores festivais do país (em público e atrações gringas) que aconteceram na mesma cidade no mesmo final de semana, sendo o PT no sábado dia 7 e o Maquinaria no fim de semana de 7 e 8 de novembro.
Vamos aos shows!
Cheguei ao playcenter por volta das 16:30, e depois do segurança me fazer jogar fora minhas barrinhas de cereais e meu desodorante (?!) Entrei no espaço que até a noite seria ocupado por 18 mil pessoas. E logo, aproveitando a baixa rotatividade de pessoas, fui ao bar garantir minhas fichas para a noite. As atrações foram divididas em 2 palcos, o Sonora Main Stage (maior, onde é o estacionamento do parque) e o Coca-Cola Zero Stage (menor, ao lado da casa dos horrores). Longe um do outro os palcos atraíam públicos um pouco diferentes dentro do próprio festival, bandas mais consagradas como Primal Scream, Sonic Youth e Iggy and The Stooges tocariam no Main Stage, enquanto Ting Tings, Patrick Wolf e Metronomy ficariam no Coca-Cola Zero. Na minha programação, sairia do Main só pra ver esse último. Acabei vendo parte do Copacabana Club e patrick Wolf.
Macaco Bong
Da fila e depois mais próximo do palco pude acompanhar o que restava do poderoso trio matogrossesnse Macaco Bong. Pela segundo vez via os caras, e eles cumprem a funça. Trio instrumental de um rock progressivo fazem um barulho e tanto e 3 caras parecem 10, fazendo jus aos seus trabalhos especialmente o último e elogiadíssimo disco Artista Igual Pedreiro (2008), que é disponibilidado pra download. Tiveram a inglória função de tocar com o sol fervendo e a longa duração do festival e o sol sugaram um pouco do público dos caras. Mas quem esteve lá pra ver aprovou. Eu também.
Vamos Dar mais uma? finalizou o show do trio de Cuiabá
Moveis Coloniais de Acaju
Permaneci no Main Stage pra presenciar a banda que faz os melhores shows do brasil atualmente. Fã desde o primeiro EP que sou, era a minha primeira chance de ver o repertório do novo e ótimo disco (C_mpl_te, 2009 - também para download) dos brasilienses do Móveis Coloniais de Acaju. E como não poderia deixar de ser fez-se a festa. Já com uma legião de fãs dedicados e com o público, que já aumentava, na mão, o Móveis destilou seus hits que vão do pop rock desleixado ao skadançante descompromissado. Um set predominado de musicas do disco novo, parece nem ter sido sentido pelos fãs que (como eu) cantavam todas as músicas. A ausência de Perca Peso, Aluga-se Vende e Seria o Rolex? foi suprida pelas presenças de Esquilo não Samba, E Agora Gregório? e a, desde sempre, clássica Copacabana, todas do primeiro disco. Teve de tudo, de solo de sax à 4 mãos à solo de trombone com o pé, além, é claro, da clássica roda russa que termina o show como começou: uma festa.
Móveis fazendo a sua festa. A música aqui é Sem Palavras.
Maxïmo Park
Às exatas 19 horas e 30 minutos (pontualidade foi outro ponto alto do festival) Entrava no Main Stage e primeira atração internacional: os britânicos do Maximo Park. Fazendo um britpop (rock?) teenager bem feito. O grosso do público já começava a chegar ao playcenter e o calor dava uma trégua e a chuva começava a ameaçar.
Eu confesso que gostava de Maximo Park. Mas desgostei depois do show. Mas apesar do meu desgosto muita gente gostou. Eles de fato tem algumas músicas boas, princialmente do disco de estréia A Certain Trigger e mais uma meia dúzia somando os outros 2.
Performático ao excesso o vocalista Paul Smith destoava do resto da banda e soava forçado ao tentar cativar o público. Too much. Too much para a música, too much para a banda, too much para a hora e too much para mim, que depois de 4 ou 5 músicas fiz minha primeira mudança de planos e rumei para o Coca-Cola Zero Stage pra ver o final do show do Copacabana Club.
Maxïmo Park abre seu show no planeta Terra Festiva 2009 com Wraithlike, música do seu último disco Quicken The Hearts, de 2009
Esse post vai ser dividido em 3. Amanhã conto como foram os shows do Copacabana Club, Primal Scream e Patrick Wolf.
domingo, 22 de novembro de 2009
Planeta Diversão Parte 1(Macaco Bong, Móveis e Maximo Park)
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